segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Sua origem

Sua Origem

A expressão arte concreta foi usada pela primeira vez no campo das artes plásticas, pelo artista Theo Van Doesburg, em 1930, e para ele denominava toda arte que se tinha desvinculado totalmente da imitação da natureza - ou seja, a arte não figurativa. A denominação passou a ser adotada por artistas, críticos e teóricos, mas ainda nesse momento, como sinônimo de arte abstrata. A diferença entre estas duas terminologias se estabeleceu de fato a partir de 1936, quando o artista plástico Max Bill formula a sua conceituação de uma arte construída objetivamente, fundada em problemas matemáticos. Com a criação da Escola Superior da Forma, de Ulm, em 1951, a expressão arte concreta passa a designar um movimento, uma tendência definida no campo das artes. Tomás Maldonado, um dos membros de Ulm, afirma em 1955: "Não obstante, essa diferença entre arte abstrata e arte concreta, que no campo era apenas nominalista, tende hoje a assumir outro significado. Cada dia, acreditamos, torna-se mais evidente que a arte abstrata difere da arte concreta; que as duas expressões designam fatos artísticos essencialmente diversos. Essa transformação, sem nenhuma dúvida, deve-se sobretudo à contribuição criadora do qualificado grupo de artistas suiços, Max Bill, Camille Graeser, Verena Loewnsberg, que abriram novas perspectivas a uma definição da arte concreta sobre novas bases."

Abstracionismo

 Tendência das artes plásticas desenvolvida no início do século XX na Alemanha.  Surge a partir das experiências das vanguardas européias, que recusam a herança renascentista das academias de arte. As obras abandonam o compromisso de representar a realidade aparente e não reproduzem figuras nem retratam temas. O que importa são as formas e cores da composição. Na escultura, os artistas trabalham principalmente o volume e a textura, explorando todas as possibilidades da tridimensionalidade do objeto. Há dois tipos de abstração: a informal, que busca o lirismo privilegiando as formas livres, e a geométrica, que segue uma técnica mais rigorosa e não tem a intenção de expressar sentimentos ou idéias.
Abstração informal – Recebe influência do expressionismo e do cubismo. Os artistas abandonam a perspectiva tradicional e criam as formas no ato da pintura, utilizando-se de linhas e cores para exprimir emoções. Em geral, o que se vêem são manchas e grafismos. O marco inicial da arte abstrata é Batalha, tela pintada em 1910 por Vassíli Kandínski (1866-1944), russo que vivia na Alemanha. Primeiro artista a definir sua arte como abstrata, ele leva o expressionismo para essa nova tendência. Outro importante nome da abstração informal é o suíço Paul Klee (1879-1940).
Após a II Guerra Mundial (1939-1945), a partir da abstração informal surgem outras tendências artísticas, como o expressionismo abstrato nos EUA e a abstração gestual na Europa e na América Latina. 
Abstração geométrica –Ao criar pinturas, gravuras e peças de arte gráfica, os artistas exploram com certo rigor técnico as formas geométricas, sem a preocupação de transmitir idéias e sentimentos. Os principais responsáveis pelo início da abstração geométrica são o russo Malevitch (1878-1935) e o holandês Piet Mondrian (1872-1944). A partir de 1915, ao criar quadros em que figuras geométricas flutuam num espaço sem perspectiva, Malevitch inaugura um movimento derivado da abstração, chamado de suprematismo (autonomia da forma). Um de seus marcos é a tela Quadrado Negro sobre Fundo Branco.
Mondrian, que no início da década de 10 estivera próximo dos cubistas, entre os anos 20 e 40 dedica-se a pintar telas apenas com linhas horizontais e verticais, ângulos retos e as três cores primárias (amarela, azul e vermelha), além do preto e do branco. Para ele, essas formas seriam a essência dos objetos. O trabalho de Mondrian influencia diretamente a arte funcional desenvolvida pela Bauhaus. Da abstração geométrica derivam o construtivismo, o concretismo e, mais recentemente, o minimalismo. Na escultura, destaca-se o belga Georges Vantongerloo (1886-1965).
ABSTRAÇÃO NO BRASIL – A abstração surge com maior ênfase em meados dos anos 50. O curso de gravação de Iberê Camargo (1914-1994) forma uma geração de gravuristas abstratos, na qual se destacam Antoni Babinski (1931-), Maria Bonomi (1935-) e Mário Gruber (1927-). Outros impulsos vêm da fundação dos museus de Arte Moderna de São Paulo (1948) e do Rio de Janeiro (1949) e da criação da Bienal Internacional de São Paulo (1951). Entre os pioneiros da abstração no Brasil, destacam-se Antônio Bandeira (1922-1967), Cícero Dias (1908-) e Sheila Branningan (1914-). Posteriormente, artistas como Flávio Shiró (1928-), Manabu Mabe (1924-1997), Yolanda Mohályi (1909-1978), Wega Nery (1912-), além de Iberê, praticam a abstração informal. A abstração geométrica, que se manifesta no concretismo e no neoconcretismo também nos anos 50, encontra praticantes em Tomie Ohtake (1913-), Fayga Ostrower (1920-), Arcângelo Ianelli (1922-) e Samson Flexor (1907-1971).


Cubismo

Movimento das artes plásticas, sobretudo da pintura, que a partir do início do século XX rompe com a perspectiva adotada pela arte ocidental desde o Renascimento. De todos os movimentos deste século, é o que tem influência mais ampla.
Ao pintar, os artistas achatam os objetos, e com isso eliminam a ilusão de tridimensionalidade. Mostram, porém, várias faces da figura ao mesmo tempo. Retratam formas geométricas, como cubos e cilindros, que fazem parte da estrutura de figuras humanas e de outros objetos que pintam. Por isso o movimento ganha ironicamente o nome de cubismo. As cores em geral se limitam a preto, cinza, marrom e ocre.
O movimento surge em Paris em 1907 com a tela Les Demoiselles d'Avignon (As Senhoritas de Avignon), pintada pelo espanhol Pablo Picasso. Também se destaca o trabalho do ex-fauvista francês Georges Braque (1882-1963). Em ambos é nítida a influência da arte africana. O cubismo é influenciado ainda pelo pós-impressionista francês Paul Cézanne, que representa a natureza com formas semelhantes às geométricas.
Essa primeira fase, chamada de cézanniana ou protocubista, termina em 1910. Começa então o cubismo propriamente dito, conhecido como analítico, no qual a forma do objeto é submetida à superfície bidimensional da tela. O resultado final aproxima-se da abstração. Na última etapa, de 1912 a 1914, o cubismo sintético ou de colagem constrói quadros com jornais, tecidos e objetos, além de tinta. Os artistas procuram tornar as formas novamente reconhecíveis.
Em 1918 o arquiteto francês de origem suíça Le Corbusier e o pintor francês Ozenfant (1886-1966) decretam o fim do movimento com a publicação do manifesto Depois do Cubismo.
O cubismo manifesta-se ainda na arquitetura, especialmente na obra de Corbusier, e na escultura. No teatro, restringe-se à pintura de cenários de peças e de balés feita por Picasso.
Literatura –Os princípios do cubismo aparecem na poesia. A linguagem é desmontada em busca da simplicidade e do que é essencial para a expressão. O resultado são palavras soltas, escritas na vertical, sem a continuidade tradicional.
O expoente é o francês Guillaume Apollinaire (1880-1918), que influencia toda a poesia contemporânea. Ao dispor versos em linhas curvas, torna-se precursor do concretismo.
CUBISMO NO BRASIL –O cubismo só repercute no país após a Semana de Arte Moderna de 1922. Pintar como os cubistas é considerado apenas um exercício técnico. Não há, portanto, cubistas brasileiros, embora quase todos os modernistas sejam influenciados pelo movimento. É o caso de Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Di Cavalcanti.

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